sábado, 12 de setembro de 2015

Histórias do mundo corporativo - Parte 2


COMENTÁRIO: Reescrevi o post retirando qualquer menção a estados brasileiros. O intuito da história era somente ser engraçada e não queria absolutamente gerar qualquer polêmica sobre estado de origem. Também não publicarei qualquer comentário sobre estados brasileiros que soem negativos. Abraços.


Bem, para dar um alívio neste mês sofrido para os investidores do Brasil, vou mandar mais uma história dentre as muitas que tive no meu tempo de mundo corporativo.

Há uns 14 anos atrás, eu era membro de um time de desenvolvimento de software e dentre as minhas responsabilidades, eu tinha que fazer a compilação de todos os programas de vários programadores diferentes num código fonte só.

Para quem não é da área de TI, compilar significa transformar o programa que o desenvolvedor tinha criado numa linguagem que os humanos entendem em uma linguagem que o computador entende.

Desta feita, eu dependia que todos os programadores fechassem os programas no final do dia e gravassem em um servidor para que eu pudesse reunir todos e fazer a tal compilação. Era um processo importante e ninguém ia embora enquanto a compilação estivesse gerando erros.

Era uma sexta-feira e como íamos pegar um vôo de BH para São Paulo, eu comecei a compilação as 14 horas, que era pra dar tempo do programador consertar o erro até as 16h, que era a hora que a gente ia embora.

Nunca dava problema, porque o pessoal era safo e já deixava tudo certinho desde manhã, porque ninguém queria correr o risco de perder o voo.

O problema era que tinha um rapaz que trabalhava com a gente que era meio malandrão e os programas dele sempre davam problema e a gente tinha sempre que cobrir a do cara para não dar problema para todo mundo, mas naquela semana o pessoal se rebelou e ninguém quis ajudar o cara.

Eu comecei a compilação e começou a dar erro justo no programa do garotão. Avisei o gerente e ele falou pro cara: "Cara, enquanto não tiver compilando essa p.... você não volta pra casa".

Bom, lá pras 15h40 ele chegou e falou pra mim e para o gerente que estava tudo pronto. Eu comecei a compilação e realmente não estava mais dando erro.

Eu dei uma desconfiada e quando o pessoal já estava todo nos táxis, resolvi entrar no programa do rapaz e adivinha só.... o cara tinha COMENTADO todo o programa, de maneira que era a mesma coisa que não tivesse escrito nada. Lógico que não deu erro, porque era como se o programa não existisse.

Avisei o gerente, mas não tinha mais jeito, tava todo mundo na rua, indo pro aeroporto.

Chegando lá, caçamos o cara mas ele sumiu. Na época não era todo mundo que tinha celular também.

Na segunda, o cara disse que não queria ficar trabalhando no fim de semana e que na segunda o plano dele era consertar o erro de manhã bem cedinho e pedir pra compilar de novo e falar que tinha corrigido uns erros que ele tinha pensado durante o fim de semana.

Bom, resumo da ópera, NÃO MANDARAM O CARA EMBORA, apenas pediram pra trocar e o malandrão foi se escorar em outros.

É isso aí, de vez em quando acontece isso. Fiquem espertos!

2 comentários:

  1. Todo empresa tem esperto seja na iniciativa privada ou pública isso no mundo inteiro

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  2. Investidor do ABC ganhou meu respeito ao ajustar o texto em consideração aos JPBF dos estados do Bostil que sofrem com a malandragem de alguns.

    Um abraço.

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