sábado, 23 de julho de 2016

O valor das coisas



Olá pessoal,

O mês foi muito bom para os investimentos e fazendo o levantamento dos valores de crescimento de patrimônio, vimos que este ano apenas o aumento foi de aproximadamente 120 mil reais. E ainda estamos em julho.

Isso é pouco mais do que o valor de um carro desse aqui:


Isso me fez refletir um pouco sobre o valor das coisas. Praticamente, para chegar ao valor de patrimônio que cheguei hoje, fiquei desde os 25 anos guardando de 10 a 30 por cento do valor do meu salário e da minha esposa. Logo, como a frase de Adam Smith acima, o valor do esforço para adquirir algo é proporcional ao valor que atribuímos a algo.

Todos sabemos o esforço que o trabalho nos dias de hoje nos toma. Tempo no trânsito, humilhações de chefias, horas e horas de trabalho em coisas inúteis e improdutivas, apenas para massagear egos de outros.

Dessa forma, acredito que a busca pela independência financeira também seja uma busca pelo valor real das coisas. 

Quando sabemos que se colocarmos $ 1200 reais em um fundo imobiliário nos gerará apenas R$ 10 de rendimento mensal, sabemos que desperdiçar dinheiro ou gastar com coisas apenas para fins ostentatórios é sinal ou de ignorância financeira ou mesmo de uma falta de uma consciência mais ampla do que seja a vida ou como o mundo funciona.

Se posso ter essa pretensão meus amigos, sugeriria aos mais jovens (ou mesmo aos mais velhos), que pensem bem no valor das coisas. O sistema moderno capitalista é montado para que sejamos vistos apenas como consumidores. Dessa maneira, quanto menos consciência ou mais ignorância temos em relação aos processos econômicos e sociais, mais seremos geradores de riqueza para outros, via o consumo e o trabalho e não para nós mesmos.

Grande abraço!

11 comentários:

  1. Parabéns por abordar este tema de vital importância numa sociedade de consumo como a nossa, na qual não sabemos bem se compramos porque realmente necessitamos do bem ou se porque todos o têm...

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    1. Obrigado pelo seu comentário. E sabemos também que as melhores coisas não podem ser compradas....

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  2. Esta temática é de grande relevância!
    Algumas pessoas tem bastante dificuldade para conseguirem entender o valor das coisas, ou para poderem realmente "perceberem" o valor das coisas.
    Quando posso, recomendo-lhes que anotem o que querem comprar e deixem numa lista, para ver se realmente querem.
    Além disso, falo para converterem os custos e horas/dias trabalhados, pois torna mais paupável.

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    1. Olá amigo, obrigado pelo seu comentário. Uma coisa interessante sobre as suas dicas é que eu realmente fazia isto antes de comprar. Calculava o quanto de tempo de trabalho levaria para comprar determinado artigo. Quase sempre chegava naquela conclusão: "Putz! Todo aquele sofrimento somente para comprar essa tranqueira!". Grande abraço!

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    2. ;)
      É sempre bom mesmo, torna mais racional o entendimento e evita compra por impulso.
      Já te add no blogroll

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  3. boa reflexão!

    eu lembrei de uns amigos que me zoavam (e me zoam) quando eu os encontro com aquela chinela havaiana mais antiga, sem a bandeira do brasil... eles dizem que sou "mão fechada", por não ter comprado o modelo novo com a bandeira...

    mas a pergunta é: para que o modelo novo? o modelo antigo me atende bem, é feito do mesmo material, está em boas condições de uso... eu não tenho que me "atualizar" e gastar 25 reais num par de sandália com uma minúscula bandeira... e aposentar a antiga.

    eu até tento conscientizar, mas sem sucesso...
    deixa a manada ser manada, que eu sigo meu caminho...

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    1. Oi amigo! Também passei e passo por este tipo de situação. Não sei se aconteceu com você, mas são estes mesmos que vem te pedir dinheiro ou conselhos quando estão mal. Aí você consegue ver o valor de ter uma mente forte e seguir com suas próprias convicções. Grande abraço!

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    2. Também passo pela mesma situação, só com uma pequena diferença. Penso da seguinte forma: gasto com aquilo que me dá prazer, o resto tento economizar o máximo possível.
      Exemplo: não costumo ligar de celular para ninguém, em virtude do Whatsapp. Além disso, a grande maioria das pessoas que tenho contato (família, amigos, esposa, etc) são da mesma operadora, então não gasto por minuto ou ligação.
      Desta forma, apesar de possuir um iPhone 6 (como disse no começo, quando é algo que dou valor, não economizo), minha conta é pré-paga. Gasto, no MÁXIMO, R$30,00 por mês (meu plano funciona da seguinte forma: a cada dia que você usar é cobrado R$0,25 centavos pela internet ilimitada e R$0,25 para ligações ilimitadas entre a mesma operadora).
      Vários amigos me sacaneiam, alguns perguntam: mas como você faz quando alguém de outra operadora te liga de um número desconhecido? Eu simplesmente respondo: ela que ligue para mim novamente, pois o interesse partiu dela.
      Ou perguntam: mas como você faz para falar com seus poucos amigos que são de outra operadora? Eu respondo: falo pelo Whatsapp ou facetime, que não cobram nada.
      E assim vou economizando... Alguns chegam a gastar entre R$100-200,00 por mês só com celular.

      Outra coisa que faço também é almoçar em casa todos os dias, já que tenho essa possibilidade. Alguns no trabalho ficam perturbando também, que sou mesquinho demais, etc. Mas dane-se.

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  4. "O sistema moderno capitalista é montado para que sejamos vistos apenas como consumidores".
    De fato: todo o mercado está disputando entre eles como atrair a poupança do povo: Imóveis, carros, celulares, roupas, viagens, comida e até os bancos; pagando pouco pelos recursos e cobrando caro para que gaste antecipadamente.
    Maico

    Niguem se iluda com o INSS

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    1. O bom do sistema capitalista é que poderemos ser sócios das próprias empresas que vendem estas coisas.

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