Olá caros amigos!
Espero que todos estejam bem.
Recentemente finalizei os oito volumes da monumental obra de Carlos Torres Pastorino, "Sabedoria do Evangelho", que se coloca junto com o Trivium como os dois livros mais difíceis e valiosos que já pude ter contato em minha vida.
A leitura deste livro nos remete à máxima que quanto mais aprendemos mais temos a noção de que nada sabemos e que a humildade é a principal característica daquele que busca o conhecimento.
O autor disseca os Evangelhos versículo a versículo e nos brinda com os conhecimentos históricos, geográficos, teológicos, religiosos e linguísticos necessários a se fazer a verdadeira compreensão de quem Jesus era e de como cada ato, palavra e acontecimento do Evangelho tem um significado simbólico e de alta espiritualidade para todos nós.
O próprio autor já é um homem de exceção, muitíssimo mais avançado que muitos que perambulam por aí. Além de ser capaz de discorrer sobre a análise sintática e gramatical do grego, hebraico e latim em que os Evangelhos foram escritos e comentados, possuía vasto repertório cultural, além de ter a disciplina e boa vontade de fazer análise comparativa de textos tão variados e antigos como os produzidos por Santo Agostinho, Lagrange, Santa Terezinha, Ambrósio, Flávio Josefo e muitíssimos outros.
A cada capítulo, me maravilhava de como um ser humano pôde produzir algo tão complexo e grandioso, que exigia de mim toda minha atenção e discernimento apenas para compreender o que estava lendo.
E pensar que tal obra, quando foi escrita, foi publicada em fascículos que podiam ser comprados em banca de jornal. Realmente, o processo de decadência da mente dos brasileiros é algo que não tem comparação com mais nada no mundo.
Recomendo fortemente a leitura, assim como do Trivium, que já foi comentado aqui.
No mais, segue a carteirinha de ações que ainda estamos comprando:
Temos também Metal Leve, Porto Seguro, Eztec, Santander, Sanepar, Mercantil do Brasil e Unipar Carbocloro, que possuímos mas não estamos mais comprando.
Recentemente começamos a diversificar mais um pouco e iniciamos a compra de ETF que replica o S&P 500.
No mais, grande abraço!
Fala ABC.
ResponderExcluirQuero ver o comportamento das ações do Banco do Brasil nos próximos dias..
Li que você é um cara introvertido. Também sou.
Você foi bastante feliz em encontrar uma esposa que não queira mudar sua personalidade.
A maioria das mulheres não gosta de homens introvertidos, ainda mais na era das redes sociais.
Com relação ao livro que leu ter sido publicado em fascículos e vendido em bancas de jornais, não sabemos se vendeu muito, no tempo que não tinha internet isso era algo comum o que não quer dizer que o povão comprava.
Já comprei Atlas e curso de idiomas em banca de jornal quando era adolescente.
Tinha muita coisa interessante e útil vendido em bancas de jornais, mas os jovens se ligavam mesmo em revista Playboy, Sexy e afins.
Não que não seja interessante, mas a vida não deve ser só isso.
Olá, obrigado por acompanhar o blog.
ResponderExcluirJá tive Banco do Brasil mas como perdeu os critérios de investimento que eu utilizo vendi já a algum tempo.
Realmente minha esposa é uma peça raríssima. Agradeço a Deus todos os dias por ela, porque se tivesse casado com uma mulher "normal" estaria ferrado.
O livro citado é de uma época anterior ainda que você mencionou. Estamos falando de 1964. Não há como comparar a cultura popular dessa época com os anos 80 ou mesmo 70. Mesmo minha mãe que estudou apenas até o ginásio tem uma cultura muitas vezes superior aos universitários dos anos 80. Comparar com hoje em dia então é quase uma piada.
O Brasil viveu uma decadência plena em todos os fatores a partir dos anos 80, sendo a decadência intelectual a pior de todas.
ABC, pelo fato de você ser um cara introspectivo e de baixa necessidade de convivência em grupos, como você lidou e lida com a politicagem do mundo corporativo?
ExcluirO mundo do trabalho é cheio de falsidade, superficialidade e relacionamentos "forçados".
Fora que boa parte dos brasileiros gostam ou dizem que gostam daquelas festas de empresas, ou happy hours, você consegue escapar dessas situações?
Sou o anon 16:53 e como disse no meu primeiro comentário também sou mais introvertido e não tem jogo de cintura nem paciência pra lidar com todos esses cenários, já tô ficando impaciente inclusive com os papos furados que ouço por tabela no local onde trabalho.
Fico as vezes incomodado com a postura de algumas pessoas, que falam mal das outras, criticam, mas quando estão frente a frente se tornam sociáveis, comunicativas, alegres, é foda cara, porque as pessoas se sujeitam a isso?
Olá amigo. Novamente, obrigado por acompanhar o blog. O que posso dizer para você seria apenas a minha própria experiência. Quando mais jovem, iniciando a carreira, com algo em torno de 25 anos de idade, meu comportamento era igual ao de todos. Buscava fazer amizades, era um puxa-saco nojento e fazia pequenos favores para mulheres, como um bom idiota. À medida que você vai ficando mais velho e mais experiente e maduro, você passa a ver com mais clareza como são as coisas e a realidade do mundo em que vive. Sendo assim, você pode fazer uma escolha, entre continuar com a postura comum do mundo corporativo ou ser mais você mesmo, no fundo decidindo entre ser um hipócrita ou se tornar alguém repulsivo. Repulsivo porque naturalmente as pessoas não gostam de quem não se adequa às regras sociais. Sendo assim, à medida que o tempo passava, fui me isolando mais e mais das pessoas, claro que prejudicando minha "carreira" (kkkk) mas em contrapartida, tive uma vida mais sincera e tenho até certo orgulho de nunca ter feito nada por interesse. Todos os meus atos, seja de bondade ou maldade, foram de acordo com o que penso que seja o correto. Você se sente mais livre, mas ao mesmo tempo, tem que pagar o preço. No final da minha vida corporativa, o meu superior me disse que eu era considerado meio "folclórico" dentro da empresa, ou seja, era o esquisitão, isso porque não ia correndo puxar o saco do primeiro que aparecesse e nem era parte de nenhuma "panelinha". O cúmulo foi quando a sócia da empresa me convidou para sentar na mesa dela e almoçar com o resto do pessoal e eu simplesmente agradeci e não fui, apenas saquei o meu livro, coloquei meus protetores auriculares e almocei lendo, como era meu hábito. Mas que fique bem claro: isso não é para todo mundo, é muito difícil segurar a barra. Claro que em paralelo fiz o que chamo de construir o meu pequeno castelo, que é a minha carteira de investimentos. Isso me deu mais liberdade e hoje posso dizer que sou quase que totalmente livre, ou seja, não me submeto a nada no trabalho para agradar a quem quer que seja, mas claro, tudo tem seu lado negativo, sou muito isolado e acredito que sou motivo de risos, mas eu escolhi assim. Os meus superiores sabem que não preciso do emprego, assim como os meus pares e isso me alivia muito de pressões, porém, sou muito profissional e não deixo margem a cobranças. Apenas sou dono do meu horário e das minhas atividades, não cobro ninguém e se alguém pisa na bola, simplesmente reporto e continuo na mesma. Não me importo com o que pensam de mim e absolutamente não desenvolvi nenhuma dependência emocional com ninguém do trabalho. Porém, reforço, isso foi um caminho árduo e não sei se é para todos. E demora para ser atingido e é alcançável apenas se você tiver dinheiro para se bancar se a coisa realmente ficar feia. Se você depende do seu emprego, sugiro que não tenha a minha postura. Vá mudando aos poucos, à medida que sua carteira cresce. Espero ter ajudado.
ExcluirGrande abraço!
ABC, muito obrigado pela atenção em responder de forma tão detalhada.
ExcluirBoa noite, ABC!
ResponderExcluirExcelente dica de leitura! Confesso que do autor Pastorino eu só havia lido os "Minutos de Sabedoria", uma leitura mais leve.
"Sabedoria do Evangelho" é uma leitura muito mais densa, e que exige grande esforco intelectual. Parabéns pelo bom gosto literário.
Concordo que antigamente o brasileiro tinha uma melhor formação cultural. Vejo como exemplo meus pais e meus tios, que mesmo tendo apenas o "ensino médio" que na época era chamado de clássico (para quem escolhia a área de humanas) ou científico (exatas), tem um cabedal cultural bem mais sólido que os "bacharéis", "mestres" ou "doutores" de hoje. Só pra ter uma ideia, eles tinham aula de grego e latim, mesmo estudando em escola pública. Isso foi nas décadas de 50/60. A educação brasileira começou a entrar em decadência a partir da "reforma do Passarinho" (ministro da educação na época) em 1971. Daí em diante foi ladeira abaixo até hoje.
Com relação às ações do BB e demais estatais (Petrobrás, Eletrobrás, etc), creio que é uma boa hora para compra, devido a uma possível privatização a médio/longo prazo. Acredito que estes monopólios/oligopólios estatais não devem durar por muito tempo. Se o governo Bolsonaro quiser se manter vivo é bom botar em prática essas privatizações o mais cedo possível!
Abs.
L.B. Meyer
Olá amigo, obrigado por acompanhar o blog. Leitura é um dos meus maiores prazeres e gosto de recomendar a outros livros que acredito serem importantes e que poderiam contribuir para o enriquecimento intelectual de todos. É o caso do Sabedoria do Evangelho.
ExcluirAs diferenças entre as pessoas mais velhas e mais jovens também podem ser percebidas pelo comportamento e pela educação. Toda vez que viajo para países europeus ocidentais e anglo-saxões, como Alemanha, Finlândia ou mesmo partes da Inglaterra, observo que as pessoas se comportam como as pessoas que têm mais de 65 anos no brasil. Nós chegamos a ser civilizados e depois voltamos a barbárie. Eu gosto também de estatais mas no momento tenho apenas BBSeguridade e Banrisul, apenas pelos dividendos. Mas vamos ver se as privatizações realmente melhoram as coisas.
Grande abraço!
Boa noite! além de tudo esse Blog é cultura. Descobri aqui o Trivium e agora essa obra que não deixarei de ler.Por favor permaneça com suas postagens. Abraços.
ResponderExcluirObrigado amigo. Esta mensagem nos motiva a continuar. Grande Abraço! Escreva dizendo o que achou do Trivium e do Sabedoria do Evangelho.
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