quinta-feira, 30 de julho de 2020

Malba Tahan, a tragédia da cultura brasileira e carteira do mês



Oi pessoal!

Espero que todos estejam bem.

Consegui tirar 10 dias de férias nestes dias e fui para um lugar no interior de um estado brasileiro, bem perto da natureza, sem barulhos, incômodos e com muito conforto e boa comida.

Como sempre faço, passei a maior parte do dia lendo livros. 

Dentro deste local, existia uma pequena biblioteca, com livros variados e certamente com mais de 30 ou 40 anos de idade. Dentre eles, havia um pequeno volume com contos do Malba Tahan, grande escritor brasileiro. 

Este escritor produziu na minha opinião um dos melhores livros da humanidade, chamado: "O homem que calculava". Para quem gosta de raciocinar, pensar e utilizar seu cérebro, é um verdadeiro banquete.

Eu sempre achei que Malba Tahan fosse um escritor estrangeiro que foi traduzido para o português, quando criança. Depois de adolescente, descobri que ele era brasileiro mesmo.

Neste hotel, durante o café da manhã, a música que estava tocando é de um canal da NET chamado MPB e durante vários dias eles estavam tocando um especial em homenagem à Elizeth Cardoso. Comecei a prestar atenção nas letras das músicas que ela cantava, que não são da minha época, mas demonstram um grande lirismo e poesia. Se puderem conferir, procurem músicas como "Vai Mangueira", "Chega de saudade" e outras mais.

Um belo dia uma outra funcionária do hotel mudou o canal para "Sertanejo Universitário". Foi quando descobri o horror. Como não assisto TV e não escuto nada além dos anos 90, não tinha ideia de quão péssima é a música de hoje em dia. Não sei os nomes das músicas e nem dos cantores, mas me surpreendi com letras que diziam: "Pode ficar com tudo, só quero o violão e o cachorro" ou então "Pegar de Hilux é fácil, quero ver pegar de S10" e daí para baixo.

Como um país pode produzir Malba Tahan e Elizeth Cardoso e acabar assim?

Não pode ser somente Paulo Freire, que é péssimo, mas não deve ser só isso. 

Talvez o diabo esteja por trás. O satanismo progride a olhos vistos no Brasil. Para bom entendedor, pense apenas que os satanistas querem destruir a Cristo e tudo que ele prega e veja os sinais por todos os lados, nas telas das TVs, rádios, internet, propagandas, faculdades, universidades, tribunais e outros locais. Se o apocalipse começou, deve ter começado no Brasil.

O anticristo quer nos afastar de Deus e é exatamente isso que acontece hoje, com tudo contribuindo para destruir nossas famílias, nossas relações pessoais, nossa moral, nossa força de vontade, nossa saúde, nossa cultura e nossa mente. 

Será que seremos todos escravos de Satã, adoradores de redes sociais, lacrações, bandeiras, ideologias? Sedentos de prazeres grosseiros, violência, pornografia, bebida alcoólica, pedofilia, relações superficiais e cultura popularesca, que descreve nossas misérias e fraquezas como se fossem virtudes?

Enfim, Deus nos ajude!

Abaixo nossa carteirinha de ações que ainda estamos comprando:


No mais, um grande abraço!

5 comentários:

  1. Tema de certa forma complexo ABC.
    À grosso modo essas coisas proliferam e se mantém porque tem público pra isso. Assim como drogas, cigarros e bebidas, existem e estão consolidadasna sociedade porque há público consumidor.
    Eu discordo em parte de muitos que acreditam que hoje, na atualidade é que as coisas "estão feias".
    Penso que ao longo da história da humanidade ocorreram ciclos, períodos de maior ordem e paz, com períodos de conflitos, instabilidades etc, isso ao longo de todas as épocas e pratiamente todoas as regiões do mundo.
    Portanto tragédias, absurdos, abusos, perseguições, violências de todos os tipos sempre ocorreram. Posso citar por exemplo todos os tipos de escravidão que já existiram ao longo da história.

    Mas então porque hoje essa banalização de algumas situações e no passado recente (algumas décadas atrás) aparentemente não.
    Ao meu ver porque o ser humano de modo geral vive muito de acordo com o coletivo. O coletivo da década de 30 "exigia" um certo tipo de conduta e comportamento, o coletivo atual de forma geral (já que existem vários coletivos dentro do coletivo geral) exige menos com relação a muitas coisas, o que faz com que as pessoas de certa forma fiquem mais a vontade, propiciando comportamentos muitas vezes contestáveis.
    Com relação à música, ouve um empobrecimento seguindo a mesma idéia. Numa época onde obedecer a norma culta da língua portuguesa era a regra entre os autores, bem como de forma geral tratar de temas mais poéticos, românticos ou filosóficos nas letras das músicas e publicações em geral, quem não o fizesse se sentiria em descompasso e provavelemnte seria ignorado ou rechaçado pelo mercado da época.
    Hoje essa padrão caiu, autores e interpretes não se sentem envergonhados por trazer à públicos determinados conteúdos pois não também reprovação pela maior parte do público.
    Pelo contrário muitas das questões comportamentais que eram reprimidaes em partes da história da humanidade vieram à tona em outras partes, como ocorre agora e já ocorreu no passado também em determinos lugares e ocasões.
    Exemplo: Os Europeus que vinham as colônias americanas e européias, faziam aqui coisas que não fariam na Europa pois as normas moraris eram afrouxadas.
    Nas década de 20, 30 que citei no primeiro exemplo, haviam cabarés onde distintos cavalheiros afrouxavam serus padrões morais.
    De certa forma não há nada de novo sob o Sol, como diz o livro de Eclesiastes.

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    1. Desculpe pelos erros de digitação. Escrevi com pressa e sem revisar.

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  2. Olá, I.ABC!

    Que belo descanso de 10 dias hein, pelo visto deu para recarregar as energias em meio a natureza, melhor coisa não é? Belo post, já tinha ouvido falar sobre esse livro mas ainda não o li e esse teu relato deu uma instigada, vou colocar ele na minha lista aqui. Abraços!!!

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  3. o brasil sempre foi assim :)
    vc só ficou afastado do seu nicho
    bem vindo a realidade da maioria

    abs!

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  4. É um tema bem delicado e acho que isso não venha de hoje, a cultura brasileira é campeã em querer expor seus defeitos como se fossem virtudes há muito tempo. O repudiável, o errado, o feio e o ruim quase sempre foram aplaudidos por aqui. Apontar uma única razão para tudo isso é errado pois recebemos influências de povos europeus, indígenas e africanos, cada um tem uma "parcela de culpa" nessa situação cultural.

    Delicado, pois isso vai desde o carnaval, onde as pessoas ficam imersas em uma falsa alegria e alguns viram verdadeiros animais irracionais durante quatro dias; o jovenzinho rebelde que quer revolucionar o mundo mas bate o pé se mamãe e papai cortarem a mesada; até o pai cristão que diz defender a família tradicional, mas tem amante, filho fora do casamento. Em outros países não vemos isso com muita frequência.

    Por isso não quero ter filhos, já hoje pai e mãe não tem mais autoridade perante a hipócrita sociedade do politicamente correto (moralista em alguns pontos, libertinosa em outros), a mídia (tv aberta, redes sociais, músicas, filmes, séries) exerce uma influência gigantesca na mente de crianças e adolescentes, as escolas estão cada vez mais decadentes, enfim, acho que a atitude paterna mais bonita que eu posso fazer é não colocar um filho no mundo.

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