sábado, 20 de junho de 2015

Mudanças na carteira de ações - Junho de 2015

Como já dito aqui no blog, utilizo as técnicas de Benjamin Graham e Décio Bazin na escolha de ações.

No mês de junho houveram algumas mudanças na carteira de ações.

- Volta da Alpargatas ALPA4 na carteira. Ela esteve um período com P/L acima de 15, mas com uma recente queda devido a um banco que vendeu parte de sua participação, coltou a ficar com PL em torno de 14. Como as outras variáveis continuam boas, ela voltou para a carteira.

- Saída da ELET6 Eletrobras PNB. O dividend yield caiu abaixo de 6% e agora ainda manterei em carteira, porém sem comprar mais. Ficarei monitorando para ver se o dividendo sobe novamente ou será vendido, conforme os critérios de Bazin.

- Entrada de FESA4 Ferbasa PN. Está com indicadores fundamentalistas bons e atende a todos os critérios de Graham.

- Volta de GUAR4 Guararapes PN, também por Graham.

- Inclusão de SAPR4 Sanepar PN, pelo critério de Bazin. Está pagando bons dividendos, já a mais de 2 anos.

Desse modo, a nova composição da carteira ficou assim:


Este mês está um pouco sofrido, mas acredito que é uma boa carteira para o longo prazo e defensiva.

Grande abraço!

domingo, 14 de junho de 2015

Tesouro Direto - o último peru de Natal


Minha estratégia sobre o tesouro direto é simples: coloco metade do portfólio de renda fixa nele, com um terço dos valores em cada categoria.

Ou seja, coloco um terço em IPCA, um terço em SELIC e um terço em pré-fixado.

Além de fazer esta divisão, monitoro mensalmente os valores em cada categoria e na hora de fazer o aporte no tesouro direto vejo a categoria das três que está com o valor mais baixo e coloco nele.

Outra premissa que utilizo é sempre aportar em investimentos que irão vencer em mais de 2 anos, ou seja, se tenho duas NTN-B vencendo, uma em 01/01/2017 e outra em 01/01/2024, aplico na de 2024, já que a de 2017 vai vencer em menos de dois anos e assim estaria pagando mais imposto. Obviamente, tenho minhas reservas de emergência para o curto prazo, logo, ficarei com o dinheiro aportado até o vencimento.

Analisando as diversas categorias de renda fixa, cheguei à conclusão que tesouro direto seria idealmente a única categoria de investimentos que valeria a pena investir. Logo, porque não colocar tudo em tesouro direto? Bem, a questão é puramente psicológica e um pouco lógica também.

Simplesmente porque tenho medo que o país se torne socialista, comunista. Se estivéssemos vivendo sob a égide de um bom governo, colocaria sem dúvida tudo no tesouro. Mas como temos a ameaça do bolivarianismo, comunismo, socialismo em nossas cabeças, tenho receio de deixar todo meu dinheiro nas mãos do governo.

A rentabilidade associada com a segurança que teoricamente o tesouro teria faria dele um investimento em renda fixa imbatível, mas brasil é brasil.

Algumas pessoas que conheço especulam com tesouro direto, ou seja, compram e vendem os títulos dependendo da expectativa de aumento ou corte na taxa de juros. E ganham dinheiro. Eu sinceramente não possuo nem o conhecimento nem o tempo de fazer isso, mas acredito que seria uma boa estratégia, se soubesse fazer.

Bem é isso, façam seus comentários, por favor. Acham que a estratégia está correta? Como vocês fazem o aporte e acompanhamento?

Grande abraço!


domingo, 7 de junho de 2015

A difícil escolha da alocação dos ativos



Ao iniciar a caminhada aproximadamente em 2001/2002, um dos problemas que me deparei era sobre qual seria a melhor alocação de ativos a ser feita.

Fiz primeiramente a divisão clássica: 50% em ações via fundo de ações do banco e 50% em renda fixa via fundos de renda fixa do banco também.

Após algum tempo, percebi que um outro problema seria o dos aportes. Tentei várias técnicas: fazer aporte 50% em cada um (RF e RV), fazer aportes iguais todo mês, fazer aportes rebalanceando a carteira e assim por diante.

A medida que o tempo foi passando, percebi que o melhor seria fazer aportes rebalanceando para porcentagens pré-determinadas.

Fixei as porcentagens em 37,5% em renda fixa, sendo metade em tesouro direto e a outra metade em CDBs e LCIs, 37,5 % em ações escolhidas segundo Benjamin Graham e Décio Bazin, 15% em Fundos Imobiliários e 10% em fundos cambiais o qual irei incorporar o IVVB11 (ETF do S&P 500).

Uma coisa que ainda me pego seria algo que chamarei de "desaporte". Ou seja, quando vender um ativo. Eu penso que uma boa técnica seria quando uma das categorias chegasse acima de 5% do valor pré-determinado, deveria vender para reequilibrar e dessa forma, estaria vendendo na "alta".

Nunca consegui fazer isso, seja porque no passado os meus aportes na categoria que estava mais baixa fez com que a carteira ficasse mais equilibrada, seja porque neste ano recebi um valor alto e não aportei segundo meus próprios critérios. Por medo deixei uma parte bem maior na renda fixa. Sabe como é, Petralhas de novo no poder, país virando país socialista e etc.

Outro problema com o qual me deparei foi o de quando vender as ações. Décio Bazin deixa claro que deve-se vender as ações quando estas deixam de remunerar o capital aportado em 6%, durante dois períodos seguidos.

Mas no caso de Benjamin Graham, este não deixa claro quando vender. A minha própria experiência mostra que quando a ação perde um dos critérios de escolha defensiva (favor ver aqui) esta tende a cair. Fiz a besteira de tentar esperar 2 anos como sugerido pelo Décio e vi que não é o melhor. O melhor é vender assim que os números ficam ruins.

E vocês , o que acham? Quais são seus critérios de alocação e venda?

Grande abraço!