Fala pessoal, espero que esteja tudo bem com vocês.
Fiquei vários meses sem postar, por um variado cardápio de motivos. Mas voltamos, isso que importa.
No dia 19 de março de 2020 eu voltei para casa e não voltei mais ao escritório no centro de SP. Estou trabalhando de casa desde então.
No infindável tédio que esta vida de trabalho solitário em casa me proporcionou, fiz variadas coisas para passar o tempo, sendo uma delas assistir a vídeos no YouTube.
Um dos programas que assisti recentemente foi o Pesadelo na Cozinha, o qual me surpreendeu positivamente. Para ser muito sincero, não gosto do MasterChef, principalmente pelos apresentadores, o qual o Jacquin que apresenta o Pesadelo se inclui.
Porém, este programa me prendeu e achei muito bom.
Uma conclusão que eu cheguei há muito tempo é que somente um louco empreende no Brasil e no caso do ramo de restaurantes, o cara deve ser mais louco ainda.
Quando você mandar alguém se f*der, mande ele abrir uma empresa, é mais educado e dá no mesmo.
Analisando o programa e vendo com meus próprios olhos como estão os restaurantes aqui perto de casa, chego à conclusão que este tipo de negócio não vale a pena. Veja bem, aqui estou falando de restaurante mesmo, com garçom, cardápio e mesa com pratos e talheres. Podemos incluir até restaurante "por quilo", mas excluímos empresas que vendem lavagem, como McDonald´s e afins.
É claro que sempre vai ter alguém com um exemplo de alguém que trabalha com restaurante há 30 anos e blá, blá, blá.
Mas a meu ver, este negócio é ruim e pelas seguintes razões:
1) Funcionários.
Ainda não criaram restaurantes automatizados, sendo assim, os donos de restaurantes precisam ter muitos funcionários para atender seus clientes e geralmente pagando salários baixos e com alta rotatividade. Além, disso, este coitado vai ficar à mercê de sindicatos, que são a pior espécie de ser humano que existe, além do próprio fato do brasileiro em geral ser ladrão e preguiçoso.
Uma padaria aqui no ABC ficou fechada pela vigilância sanitária causando um prejuízo enorme porque um funcionário deixou um potinho com cocô na geladeira. Era um exame de fezes que o sujeito tinha feito e ia entregar depois do trabalho.
2) Aluguéis
Se o coitado não tiver o ponto, ele vai pagar aluguel. Os donos de imóveis não diminuíram 1 centavo dos aluguéis durante a pandemia, preferem que o seu inquilino feche a porta do que diminuir o aluguel. Além disso, os donos de imóveis têm uma prática comum de AUMENTAR o aluguel quando o ponto do coitado dá certo. Ou seja, o maluco gasta uma nota preta para reformar o local e quando o negócio dá certo, o dono do imóvel quer ganhar mais dinheiro em cima dele, comendo o lucro do local.
3) Qualidade de vida horrível
Geralmente o expediente de um dono de restaurante que se preze começa de madrugada, porque ele precisa comprar os produtos frescos para serem consumidos no dia, planejar as compras de outros produtos para funcionamento do restaurante, fazer trabalhos administrativos, abrir o lugar e mil e uma outras tarefas que envolvem um negócio. Os restaurantes funcionam mais de fim de semana e assim o coitado não tem quase tempo livre e nem férias, porque tem que ficar cuidando dia e noite do negócio.
4) Clientes
Clientes de restaurantes reclamam da comida, do ar condicionado, do atraso, do garçom, da mesa, dos talheres, da temperatura, do barulho, da música, do estacionamento, do cardápio, do preço, da localização, do cliente do lado e de mil e uma outras coisas que são impossíveis de controlar de fato.
Além disso, hoje temos estes sites e aplicativos que os clientes podem avaliar o restaurante, que geralmente as pessoas utilizam para se vingar do restaurante se uma mínima contrariedade acontece.
5) Produto perecível, único e não estocável
Cada prato de um restaurante é um produto único. Pode sair bom ou ruim dependendo de como o cara que fez estava no momento, não importa o quanto de dinheiro você investiu no lugar.
6) Concorrência
Dizem que se você quiser conhecer um restaurante por dia em São Paulo você nunca iria conhecer todos, tal o ritmo de novos restaurantes que abrem. Sendo assim, você vai entrar num mercado hiper competitivo, sem quase barreira de entrada.
Temos ainda vários outros pontos a apontar, como vigilância sanitária corrupta e ineficiente, baixa lucratividade, alto custo de operação, alto risco de imagem (lembre da padaria mencionada acima).
Tive a ideia romantizada de ter um restaurante vendo o "Pesadelo na cozinha", mas pensando melhor achei que ia ser mesmo uma loucura.
Em tempo: a maioria dos restaurantes que o programa ajuda FECHAM depois que o Jacquin vai embora.
Sendo assim, pergunto: vale a pena? Esperamos os comentários.
No mais, segue abaixo a nossa carteirinha de ações
Grande abraço a todos!
De uns meses pra cá passei a assistir alguns episódios desse programa.
ResponderExcluirSobre o programa: Na minha opinião restaurantes com cozinhas sujas, utensílios enferrujados, que aparentam não ter nenhuma limpeza a meses nem deveria ser "ajudados" pelo programa.
Um restaurante pode ter problemas administrativos, dificuldades em conquistar e manter a clientela, problemas entre os funcionários etc, mas a sujeira, o desleixo que vi em alguns restaurantes que participaram do programa ao meu ver é inaceitável.
Isso é uma falta de respeito com os consumidores, além de riscos à saúde e bancar a reforma de um local assim é premiar o relaxo.
Sobre o negócio restaurantes: Não tenho, nem nunca tive empresa, mas já pesquisei sobre o tema por vislumbrar o empreendedorismo como uma alternativa a vida de empregado.
Não montaria um restaurante, a não ser que fosse apaixonado pela área.
É um negócio caro, pois exige um bom ponto comercial, tem a questão dos alimentos se deteriorarem rapidamente, dificilmente se empreende nessa área sem ou com 1 ou 2 funcionários.
Se for um restaurante especializado em alguma prato típico ou cozinha típica é fundamental que o empreendedor saiba muito bem sobre isso.
Porém, se for restaurante por kilo, desses self services, já vejo de uma forma mais otimista.
Tem restaurantes desse tipo muito movimentados. Não é preciso inventar muito na cozinha, a comida deve ser de qualidade, mas pode ser o básico que o brasileiro gosta, feijão, arroz, carnes, saladas etc.
Nesse caso se o ponto for bom e o local minimamente apresentável, creio que dê pra faturar bem. Tem restaurantes assim em rodoviárias, shoppings, perto de terminais de ônibus, ruas comerciais e em hora de almoço lota.
Tem gosto pra tudo
ResponderExcluirVale a pena quando a alma não for pequena :)
Abs!
Investidor
ResponderExcluirO fato de existir uma centena de restaurantes dos mais variados modelos, se baseia na baixa barreira de entrada nesse mercado. Qualquer um pode desenvolver um cardápio atrativo e começar a servir. Contudo, creio que muitos não observem os pontos conforme você mencionou no texto. Também não acredito ser um bom negócio. Há opções melhores.
Adicionei seu blog à minha lista de blogs. Caso ache interessante, te agradeço se puder adicionar o meu blog também.
Um abraço!
Instagram: @odiariodevalor
Blog: www.diariodevalor.blogspot.com
Gosto do programa mas ali tem um teatrinho, pois a história precisa "render" audiencia.
ResponderExcluirAbandonou o Blog? Lamento.
ResponderExcluirVoltamos em 2022!
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