terça-feira, 5 de junho de 2018

As vantagens da ignorância


Eu há muito tempo deixei de assistir a qualquer programa televisivo. Não sei quem são as cantoras e cantores da moda, somente escuto Led Zeppelin, Frank Zappa ou qualquer outro mestre dos anos 70.

Não conheço os youtubers, não sei quem são os jogadores e técnicos de times de futebol, não tenho a mínima noção dos nomes de "artistas" de qualquer naipe. Nunca ouvi nenhuma música desses caras que aparecem na TV.

Não sei falar de que marca e modelo é um carro só de olhar para ele. Não sei o preço da cerveja, mesmo porque não bebo.

Atualmente, a única coisa que me chama a atenção é o site Infomoney, para ver notícias de finanças e os blogs da Finansfera.

Sendo assim, passei incólume pela greve dos caminhoneiros. Fiquei sabendo pela minha esposa, que me perguntou na terça-feira se eu estava sabendo alguma coisa e apenas disse que o pessoal do escritório tinha comentado. Ela é que nem eu.

Como não converso com quase ninguém do trabalho, não tinha detalhes, mas percebi que o ônibus ficou um pouco mais cheio no Fura-Fila aqui de SP e mais vazio na linha que me leva até o ABC, o que foi bom pois pude me concentrar mais nos livros que levo para ler no ônibus.

Como não utilizo automóvel para trabalhar e encho o tanque uma vez por bimestre, não senti a mínima necessidade de me aventurar em filas e não sofri a angústia que parecia que outras pessoas estavam tendo.

Não tenho ações da Petrobras há muito tempo, sendo assim não me angustiei com a queda e nem com a alta que se seguiu.

Como meu foco é aumentar a capacidade financeira para um dia sair desse campo de concentração chamado São Paulo e quem sabe desse atoleiro chamado Brasil, absolutamente não tive nenhum sentimento ufanista pelo país, mesmo porque a solução encontrada é típica de países atrasados, com o governo fornecendo subsídios a uma classe específica. Teve até um senhor que respeito muito me dizendo que a vida de caminhoneiro é difícil, etc. Ora, se é difícil, vai fazer outra coisa. Será que lixeiros, donos de pequenos negócios, agricultores, policiais e outras classes não têm vida difícil também?

Uma dica: não percam tempo! Tempo é mais precioso que dinheiro. Se você pudesse trocar de lugar com o Buffet você trocaria? De que adianta ser um velho de 90 anos bilionário?

No mais, segue a nossa carteirinha de ações:


Introduzimos Banco Mercantil e Ferbasa. Destaque absoluto para Itausa, com mais de 90% de alta, com proventos.

Um grande abraço a todos!

11 comentários:

  1. Investidor como anda a região do ABC?
    Já morei aí, e pelo menos a região em que morava eu considerava boa, as distâncias dentro dos municípios do ABC não são tão longas, o que faz com que moradores que trabalham aí não tenham que fazer deslocamentos muito longos.
    Mas vi que nos últimos anos vem ocorrendo uma certa desindustrialização devido a diversos fatores.
    Que opinião você tem sobre a região do ABC hoje?

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    1. Olá amigo, obrigado por acompanhar o blog.
      Eu acredito que tudo é uma questão de comparação. Primeiramente, temos que entender que o ABC também é heterogêneo. Eu diria que Santo André e São Caetano são as melhores cidades, vindo depois São Bernardo, mas não podemos esquecer que Mauá e Diadema também fazem parte do ABC.
      Diria que São Caetano é uma boa cidade, porém é muito pequena e está cercada favelas. Santo André é bom nos bairros mais centrais, mas a periferia da cidade é ruim também. São Bernardo é um absurdo de trânsito e também possui muitos bairros ruins e favelas. Já Diadema e Mauá são tão ruins quanto qualquer bairro da Zona Leste de São Paulo.
      Comparado com as demais cidades do Brasil, diria que Santo André nos bairros centrais e São Caetano são boas cidades, porém estando abaixo de muitas cidades do interior do Sul do Brasil com o mesmo porte ou mesmo de outras cidades do interior de São Paulo mesmo.
      Porém, têm os mesmos problemas de qualquer cidade brasileira e estão abaixo de muitas cidades de outros países da América do Sul. Comparar com cidades europeias e americanas seria absurdo uma vez que não há nem como começar a comparar, são universos diferentes.

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  2. Caramba, primeira vez que visito seu blog e o que li cai como uma luva sobre o que estava pensando sobre o excesso de informação atualmente. Ficar antenado demais dá a sensação de carregar um peso morto, informação que não agrega valor.
    Não me lembro a última vez que li um livro em papel, de anos para cá foi tudo digital e pra ser franco, tô de saco cheio.
    Muita tecnologia cansa, às vezes é melhor ser "old school" mesmo.
    Minha vó me dizia, "ignorância é uma benção", há 15 anos atrás e eu dava risada da cara dela. Hoje eu com 30, quase choro entendendo ela.
    Obrigado!

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    1. Oi amigo, obrigado por acompanhar o blog. Realmente, se existe algo que agregou muito valor na minha vida foi o de não assistir mais televisão e nem levar gadgets para a cama. Ler livros e ouvir música, isso sim é que é vida.

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  3. Olá ABC!
    Interessante sua reflexão! Sempre que penso nos gênios das diversas áreas que morreram jovens, também imagino o desespero de suas vidas que era estar cercado pela idiotice (relativamente falando).
    A matrix nos quer ignorantes, mas às vezes é inteligente saber o que ignorar! Tem muito ruído no mundo! E isso também é uma forma de nos manter ignorantes. Rsrs
    Grande abraço!

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    1. O post foi uma espécie de ironia. É muito melhor ignorar um monte de lixo que tentam nos impor e ir em busca do verdadeiro conhecimento.

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  4. É..... gostei do seu tópico. eu preciso diminuir em 90% acesso a noticias. Raramente assisto TV. Se for é somente documentário ou F1. Agora noticias pela internet entro todo dia nos sites e sempre só negatividade e com isso vai entrando na gente

    Sobre livros, graças a muitos blogs este ano já li uns 20. Além de livros físicos, comprei um tablet para colocar livros grátis que vemos na internet a fora. Abraço

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    1. Que bom amigo! O maior investimento que podemos fazer é no nosso conhecimento e na nossa melhoria moral.

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  5. Olá, Investidor do ABC, por que você não possui ações de empresas do setor de vestuário, como: Hering e Grendene ?

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    1. Olá amigo. Obrigado por acompanhar o blog. Nossa filosofia de investimentos não passa muito por avaliação de setores em si, mas focamos mais nas empresas mesmo. No caso destas duas, elas não estão dentro dos critérios de Benjamin Graham ou Décio Bazin, portanto não fazem parte da carteira. Ambas não pagam consistentemente mais do que 6% de proventos reais ao ano (no caso de Bazin) e nem pagaram proventos todos os anos durante mais do que 15 anos (Graham). No caso da Grendene esta irá atingir pagamentos de proventos por 15 anos ano que vem e neste caso, será avaliada nos demais critérios. Abraços!

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