sábado, 23 de janeiro de 2016

Mudanças de estratégia para 2016


Muito boa tarde leitores do blog.

Como já havia mencionada antes, realizei algumas mudanças na estratégia de investimentos para 2016.

Acrescentei a categoria de fundos multimercados entre os ativos de investimentos. Dessa maneira, fiquei com praticamente 5 categorias: Fundos imobiliários (10%), Ações (35%), Fundos multimercados (10%), Dólar (10%)  e Renda Fixa (35%).

Nos fundos imobiliários não modifiquei muito a estratégia, continuo aportando seguindo o índice IFIX da bolsa. O que mudei foi que como os FII e as ações estavam na mesma conta, eu estava aportando os proventos que vinham dos FII nas ações ou vice versa, dependendo de qual categoria estivesse menor nas porcentagens pré-definidas. Na verdade isso é errado, porque deveria aportar os rendimentos de aluguéis nos próprios fundos e isso estava causando um erro na contabilização da rentabilidade. O que passei a fazer agora é guardar os rendimentos dos fundos em uma poupança, até que atinjam 1600 reais. E uma vez feito isso comprar novos fundos.

As ações vêm tendo um mês terrível, o que me fez perder muito dinheiro, mas também está abrindo boas oportunidades. Conforme alertado por um leitor do blog, a estratégia de Graham envolve a compra de ações ordinárias e neste caso, estava com várias ações PN no portifólio, o que seria um risco, materializado ontem com as ações da ALPA4. Logo, conforme diz a sabedoria popular, se aprende na dor ou no amor. Neste caso aprendi com a dor. Logo, para este ano, adicionei o critério de somente comprar PN com tag along 100%. Logo, por exemplo, a ação do Pão de Açucar (PCAR4) começou a atender os critérios de Graham, mas não irei comprá-la porque não tem tag along para as ações preferenciais. Neste caso, irei verificara PCAR3 e se atender os critérios, irei comprar esta e não a PCAR4.

No caso dos fundos multimercados estou comprando apenas a título de diversificação mesmo. Adquiri um fundo quantitativo do Bozano Simonsen e um da Solana Long Short. Até agora estão bem. Pretendo entrar no Ibiúna assim que tiver mais dinheiro, mas por enquanto estamos seguindo as recomendações da XP, somente para fundos.

Algumas LCIs venceram agora em janeiro e no caso da renda fixa estou adotando as porcentagens de 40% para títulos vinculados ao IPCA, 40% para os vinculados à SELIC e 20% para os pré-fixados. Todos estão com taxas boas, mas cada vez mais o risco de não pagamento dos títulos aumenta, a medida que os petralhas afundam mais e mais a economia do país. Com o vencimento de uma LCI comprei uma debênture da Vale que paga 6% + IPCA, sem Imposto de Renda. Arrisquei, mas quem não arrisca não petisca.

Ainda mantenho 10% da carteira em dólar, num fundo da Votorantim. Está rendendo bem, ainda mais agora que o BC brasileiro perdeu a credibilidade de vez. Pretendo assim que tiver condições investir em alguns fundos com exposição internacional do Citibank. 

Bem, é isso. Grande abraço e bons investimentos.


6 comentários:

  1. Olá Investidor do ABC! Obrigado por mais uma interessante leitura.

    Gostaria de lhe indagar sobre algumas questões que me têm vindo à cabeça ultimamente:

    1) Você acha que o risco de não pagamento dos títulos do Tesouro Direto é real mesmo? Tenho me perguntando isso ultimamente também e fico aflito só de pensar nisso ou em algo tipo o que aconteceu na era Collor.

    2) Nesse momento, o que você acha de fazer novos aportes de Banco do Brasil (BBAS3)? Dividend Yield está ótimo, mas tenho receio de que o Governo tente se aproveitar da empresa de alguma maneira.

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    1. Boa tarde amigo. Obrigado por ler o blog.
      Vamos responder por partes:
      1) Quanto ao não pagamento dos títulos pelo Tesouro, temos que sempre ter em mente que não existe ativo sem risco. Em tese, o ativo mais seguro do mundo seria o título do tesouro americano ou da Alemanha, que estão com a classificação de risco AAA+ da S&P e outras agências. Mesmo assim, existe uma possibilidade pequeniníssima dos americanos não pagarem. Os demais ativos são classificados em relação a estes ativos mais seguros e assim é também com os t[itulos brasileiros. Recentemente o Brasil perdeu o grau de investimento das agências de classificação de risco, indo para o grau especulativo, logo, em tese, existe um risco considerável em se investir na dívida brasileira. O risco é real e vimos este filme na Grécia e na Argentina. Logo, pode ser sim o caso do governo não pagar. Em tese, para nós brasileiros, que investimos aqui, o título do tesouro é o mais seguro, porque lastreia todas as outras operações financeiras no país. As seguradoras por exemplo, somente podem lastrear suas companhias em títulos públicos. Não há muita escapatória amigo. O que pode se feito é talvez comprar um pouco de Ouro e se for o caso, de imóveis, bem em ambos os casos tem-se que ter em mente que a liquidez é bem menor. Infelizmente estamos neste barco e a meu ver a única saída seria os petralhas saírem do poder, assumindo um governo que tivesse mais credibilidade, mas a meu ver isto está distante.
      2) O Banco do Brasil é muito interessante neste momento, porque está com o valor da ação abaixo do valor patrimonial, ou seja, o valor contábil da ação seria quase 50% maior do que o valor que está sendo negociado na Bolsa. Dê uma pesquisada sobre Luiz Barsi Filho e veja que ele está recomendando comprar a ação. Porém, há que se ter nervos de aço, porque não sabemos o futuro da economia no Brasil. Eu sigo comprando. Acredito que o brasil poderá adquirir um momento de lucidez em 2018 e retirar esta ideologia perniciosa de esquerda do país. Se assumir alguém como o Macri na Argentina, pode acreditar que vai subir 100%, no mínimo.
      Grande Abraço!

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    2. Obrigado pela atenção em responder, Investidor!

      Vou me dar de presente de aniversário, neste início de fevereiro, algumas ações do BBAS3.

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  2. Boas observações do Investidor do ABC e complementando... Acontecer algo parecido com a era Collor, jamais acontecerá, pois o método de surrupiar a população mudou e já está sendo praticado há muito tempo, porém poucos percebem. É possível medir o grau de incerteza das instituições, quanto a insolvência do tesouro nacional, por meios da demanda dos CDS, então comprar muitos títulos públicos seria mais ou menos como tomar muitos comprimidos para sarar uma gripe, a alta dosagem pode faze-lo passar mais mal ainda. A diversificação equilibrada na renda fixa deve ser bem observada com títulos federais. Em momentos de crise, investir em ativos reais é uma forma de proteger o patrimônio que os HNWI's tomam, geralmente fazendo em investments passion, para conhecer um pouquinho deixo um link http://www.eliteadvisers.com/passion-investment/passion-investment/passion-investment, agora se não tem nenhuma paixão que possa investir, sugiro aprender sobre gado de corte (ótimos retorno), terrenos ao invés de "imóveis"

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  3. Respostas
    1. Olá amigo. Na verdade nunca tive. As ações da PCAR3 ainda não atenderam os critérios para compra. Abraços!

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