terça-feira, 11 de dezembro de 2018

É possível o homem médio ter sucesso? - Carteira do mês - Dez/2018



Quando criança, a partir dos 7 anos de idade, comecei a ter consciência de mim mesmo e das coisas do mundo.
Aprendi a ler rapidamente e sempre fui um dos três primeiros alunos da classe, até a entrada na universidade. Consegui entrar em uma universidade pública e após o início das aulas percebi que eu não era aquilo tudo que julgava ser.
Tirei notas médias o curso todo e além disso, fiquei por um ano a mais, me formando em seis anos e não nos cinco que seria normal, em parte por ter pisado na bola no terceiro ano, me dedicando pouquíssimo ao curso e em parte por já estar entendiado mesmo.
Comecei a trabalhar e mais uma vez fiquei na "média", não sendo nem o pior e nem o melhor funcionário da empresa.
Nunca fui a estrelinha da firma, aquele que tem moral e fama entre os diretores e gerentes, mas também não fui o idiota. Fui um cara normal, regular.

Sendo assim, levei a minha vida na média, sendo bem clara a média dos padrões altos que considero uma pessoa de sucesso nas suas atividades, seja na faculdade, seja na empresa.
Acredito que a única coisa que me ajudou foi ter lido o Pai Rico, Pai Pobre ainda na juventude. Me identifiquei muito com o Kiyosaki, que parece que não era nem o burrão e nem a estrela dos lugares pelos quais passou.

Recebo mensagens de pessoas dizendo que queriam copiar minha carteira, que explicassem como poderiam fazer para investir e outros me parabenizando pelo blog.
A verdade, que de certa maneira até me envergonha um pouco, é que fiz aquilo que qualquer zé mané pode fazer, ou seja, peguei de 10 a 30 por cento do meu salário e investi. O resto, copiei de outros. Li um livro de Alocação de Ativos disponível na web e implantei a metodologia, a carteira de ações chupei direto do Benjamin Graham e Décio Bazin, os fundos imobiliários copio o Ifix, a renda fixa é 40% de Selic, 40% de IPCA e 20% de pré-fixados e os fundos multimercados copio as sugestões da Empiricus. Dólar e ouro coloco a alocação sugerida pela Empiricus também.

E é só, sem ideias mirabolantes, sem ficar o dia inteiro no home broker e sem gastar dinheiro com softwares ou cursos de investimentos, que sinceramente a meu ver não agregam tanto.

Fazendo isso, cheguei a objetivos financeiros que me colocam no 1% maior em termos de renda no Brasil, coisa que nunca imaginei para mim e que não tenho vergonha nenhuma de dizer, já que quando criança e jovem morei em uma casa que não tinha nem forro no teto do banheiro e cansei de passar por baixo da catraca do ônibus quando ia para o centro da cidade com minha mãe.

Sendo assim, se você, assim como eu, não tem nenhum talento especial, não é super inteligente, não vem de família rica e não foi favorecido geneticamente, não se aflija. Basta seguir a receita do "Homem mais rico da Babilônia" que vocês chegam lá.

No mais, o mês de novembro foi muito bom, com rendimento líquido de 3,2% da carteira, com destaque para o dólar e ações, com ótimos rendimentos. No ano estamos com 155% do CDI líquidos, já descontado o IR.

O total apenas de rendimentos da carteira do ano possibilitaria comprar o carro abaixo:


Porém, continuarei com meu Prisma 2009, como manda o manual do Warren Buffet. Quem sabe um dia chegamos lá?

Abaixo a nossa carteirinha das ações que ainda estamos comprando:


Grande abraço!

13 comentários:

  1. Bom post ABC.
    Tenho 34 anos, já passei pela fase de curso técnico e faculdade, assim como duas experiências que pra mim foram importantes no mundo trabalho, inicialmente trabalhando em família e depois como servidor público.

    Hoje te digo sem sombra de dúvida, o que devemos buscar é sabedoria, muito mais que qualquer conhecimento técnico específico ou diploma, no fim das contas é como nos comportamos, usamos nosso dinheiro, tratamos a nós mesmos e as outras pessoas, buscamos informações pra melhorar em frentes importantes como cuidar da saúde, das finanças e até mesmo sobre conhecimentos para nos manter vivos no mundo do trabalho, que faz a maior diferença na vida.
    Sempre achei muito controverso a forma como alguns alunos lidavam com os estudos, buscando decorar tudo, ter tudo na memória, porém de maneira automatizada como um robô e sem o mínimo jogo de cintura para adversidades.

    Sabe aquele aluno que quando vai mal numa prova cai no choro? Ou aquele que acredita que se não entrar na faculdade X já com 17, 18 anos está com sua vida acabada e a derrota é certa?
    Pois é, cadê o equilíbrio? Cadê a sabedoria?
    As coisas não são por aí, mas muitos encaram principalmente enquanto jovens dessa forma, muitas vezes por pressão exagerada dos pais, que também pensam dessa maneira.

    A vida mesmo que as vezes não parece é cheia de nuances. Não é 8 ou 80, e essa noção temos que ter desde jovens.
    Saber lidar com o sucesso é a segurança de escolhas corretas é facil.
    Quero ver lidar com o fracasso, a dúvida, o medo etc. Isso sim exige muito de nós.
    E respondendo a questão: Se o homem médio tiver essa visão clara das coisas, jogo de cintura, equilíbrio emocional e autoconhecimento, sem dúvidas poderá ultrapassar durante a vida os feitos e resultados de uma pessoa mais "gabaritada" porém sem tantos atributos para administrar a vida.

    Sabedoria, maturidade pra encarar a vida, isso faz e continuará fazendo a maior diferença.

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  2. Você é a prova que com uma carteira bem diversificada, lendo alguns bons livros de investimentos e aportando todos os meses, todos construir patrimônio no longo prazo.

    Abraço e bons investimentos.

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  3. Parabéns ABC sigo suas postagens a muito tempo, tbm sou do ABC Paulista, me sinto como vc, reprovei o terceiro colegial duas vezes!!
    Hoje tenho um bom cargo e tenho minha empresa que presto serviço para projetos de molde.
    Sem faculdade, só com cursos do SENAI, acompanho as pessoas em épocas de escola vejo o quanto o jogo de cintura, facilidade e empenho para resolver problemas práticos, são o diferencial na profissão.
    Tenho uma carteira bem parecida com a sua, mas me chamou a atenção o Mercantil, poderia explicar um pouco sobre o ativo vc continua comprando?

    Abraço e sucesso!

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    1. Oi Rafael. Obrigado por acompanhar o blog. No caso do Banco Mercantil, esta é uma daquelas ações que os analistas desprezam mas os caras antigos de bolsa, tipo o Barsi, o Bazin adoram. è uma ação que consistentemente paga bons dividendos e tem uma subida consistente através dos anos. Exatamente por ser boa tem pouca liquidez, porque quem tem não vende. Dá uma olhadinha no histórico dela através do Fundamentus que você vai entender. Grande abraço!

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  5. Ótimo post!
    Sou nova na blogosfera... adicionei seu blog na minha lista... poderia me adicionar de volta?
    Bjs

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  6. Fala ABC!
    Acredito que a sua genialidade está na simplicidade.

    Conheci seu blog há alguns meses atrás e me surpreendo com alguns posts seus que datam 2015, parabéns!

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    1. Oi amigo. Absolutamente não me considero gênio. Longe disso. Obrigado por acompanhar o blog.

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